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53 AutoData | Maio 2025 O Avenger ao lado do Renegade: os dois modelos de entrada da Jeep no Brasil vão conviver juntos no mercado, garante a Stellantis. vestimento de R$ 3 bilhões para fazer um “modelo inédito”, a Stellantis ainda não confirma esta decisão e nem as características técnicas do novo Jeep nacional. Segundo Emanuele Cappellano, presidente do grupo na América do Sul, somente “mais adiante informaremos como vamos fazer o Avenger no Brasil”. DESENVOLVIMENTO PARA O BRASIL É fato que o Avenger nacional deverá ter diferenças técnicas relevantes com relação ao modelo europeu, que é produzido desde 2022 somente na Polônia e vendido em uma dúzia de versões com opções de motor a gasolina turbo 1.2 de 100 cv, híbrido-leve de 48 V, híbrido plug-in 4xe com 134 cv e 100% elétrico de 156 cv. No Brasil a expectativa é de utilização do motor turboflex 1.0 de 130 cv adaptado à arquitetura Bio-Hybrid com eletrificação leve de 12 V e 48 V, que no futuro eventualmente poderá evoluir para híbrido plug-in e 100% elétrico, a depender do mercado. A CMP já foi pensada para isto, originalmente desenvolvida pela PSA e lançada em 2016 como plataforma multienergia – abriga powertrain a combustão, híbrido ou 100% elétrico – para carros Peugeot e Citroën. A Jeep, marca que veio do lado FCA da Stellantis, foi uma das primeiras a aproveitar esta sinergia do novo grupo ao projetar o Avenger sobre a CMP, para ser um SUV urbano a ser vendido inicialmente em mercados europeus. CONVÍVIO COM OS IRMÃOS Em comunicado oficial a Stellantis garante que o Avenger “chegará para complementar a gama nacional da Jeep e vai conviver no mercado ao lado do Renegade, Com e Commander”. Com isto o fabricante evita a antecipação da provável canibalização das vendas do Renegade pelo novo modelo. Ao posicionar o Avenger na entrada de preços de sua gama no País a Jeep corre o risco de matar as versões mais em conta do Renegade, que hoje ocupa justamente a posição de modelo mais barato da marca. Contudo a Stellantis garante que haverá espaço para os dois, justifica Hugo Domingues, vice-presidente da Stellantis responsável pela marca Jeep na América do Sul: “Serão modelos complementares. O Renegade terá vida longa, haverá uma nova geração e um futuro promissor”. Todos os Jeep produzidos em Pernambuco, inclusive o Renegade, são montados sobre a plataforma Small Wide, desenvolvida há mais de dez anos pela FCA e que no Grupo Stellantis está sendo substituída pela STLA Medium. Embora não confirme que esta nova plataforma será também introduzida no Brasil Cappellano diz que será adotada uma nova arquitetura para permitir a adoção de tecnologias de propulsão eletrificadas.
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