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» EDITORIAL AutoData | Maio 2025 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Lucia Camargo Nunes, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa Gorodenkoff/shutterstock Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas s/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento istrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora autodataseminarios autodataseminarios Por Pedro Kutney, editor A conta precisa fechar No mundo automotivo o Brasil continua na incômoda posição de ser um mercado relativamente pequeno dentre os maiores produtores de veículos do mundo. Abriga-se aqui muita indústria para vendas internas e externas que, entra ano, sai ano, utilizam pouco mais ou pouco menos da metade da capacidade das muitas instalações industriais no País. E tudo pode piorar. Com a sabotagem dos juros subindo as vendas domésticas começam a andar de lado enquanto as exportações também não avançam no ritmo que seria necessário para ocupar a ociosidade das fábricas. E mais gente quer dividir este bolo: as fabricantes chinesas chegaram com voracidade e importações que nos primeiros quatro meses de 2025 já cresceram 28%, em mercado que, no geral, avançou só 3,4% no período. A China também prospera nos vizinhos: segundo dados da Anfavea há dez anos as exportações do Brasil representavam 25% dos veículos vendidos nos países latino-americanos, hoje são apenas 13% e caindo, enquanto no mesmo período a penetração de carros da China na região saltou de 5% para 20%, e subindo. Estas contas não fecham para um país que quer ter indústria automotiva sustentável. É preciso fazer mais e mais rápido. Em sua primeira entrevista publicada nesta AutoData o novo presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, tem boas ideias que escala como prioridades de sua gestão na entidade: “Introdução e o a novas tecnologias, redução de custos e localização da produção”, ele diz. E raciocina: “Se conseguirmos reduzir custos e tivermos o a tecnologias, de preferência produzidas no País, já alcançaremos um nível de competitividade muito maior do que temos hoje”. O problema é fazer estas coisas acontecerem na velocidade necessária. O festejado Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, patinou por mais de um ano até o governo publicar um decreto complementar que regulamenta requisitos obrigatórios de eficiência energética, sistemas de segurança e reciclagem para todos os veículos à venda no Brasil, tema da reportagem que estampa a capa desta edição. Aprovou-se tudo que já era esperado com muitas indefinições que só serão definidas por oito portarias que ainda faltam ser publicadas. O IPI Verde? Está parado no Ministério da Fazenda e sua aplicação é objeto de discordância dos fabricantes que não serão beneficiados pela redução do imposto. Se quiser ser competitivo o País precisa acelerar e bem pode copiar o exemplo da China, que copiou a indústria ocidental e criou seus próprios padrões para atingir competitividade internacional e crescimento sem precedentes, como exposto no gigantismo do Auto Shanghai 2025, também exibido em reportagem especial desta AutoData. São leituras que, quem sabe, podem acender luzes nas cabeças dos formuladores de políticas e dos executivos do setor automotivo brasileiro.
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