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39 AutoData | Maio 2025 GWM apresenta novo Haval H6: por enquanto só para a China. O Auto Shanghai 2025 expôs esta nova realidade que movimenta o setor automotivo global: muitas marcas chinesas protagonistas em seu próprio mercado gigante – o que já é mais do que suficiente para a maioria delas –, que se somam a alguns projetos de internacionalização por meio de exportações recordes – a China tornou-se em 2024 o maior exportador de veículos do mundo – e a constatação de que qualidade, tecnologia, estilo e desempenho já são, sim, atributos muito fortes e consolidados pela indústria automotiva local. O maior salão do automóvel do planeta é assim reconhecido por causa das suas dimensões impressionantes, mas o foco principal é no seu público interno, pois é este que há quase duas décadas garante à China o título imbatível de maior mercado de veículos do mundo – com recorde de 31,3 milhões de unidades produzidas, das quais quase 23 milhões foram vendidas no próprio país em 2024. Este gigantismo é espelhado na grandiosidade do National Convention Center, com oito pavilhões organizados como se fossem pétalas de uma flor de lótus, e seus mais de 360 mil m2, onde foram exibidos centenas de automóveis, picapes e até caminhões das marcas chinesas. Expeng, Fotos: Leandro Alves Xiaomi, Huawei, Exeed, Link&Co e Zeekr são apenas algumas das novas protagonistas da China automotiva. Fornecedores de autopeças também exibiram suas tecnologias. Algumas grifes internacionais que ainda não deixaram de participar do maior mercado do mundo também estiveram em Xangai. No total 193 empresas se apresentaram no Auto Shanghai 2025, com diversos lançamentos de produtos e tecnologias. No entanto, como se trata de uma exposição com foco no mercado interno, as apresentações foram conduzidas em mandarim e todo o material de divulgação dos produtos também estavam disponíveis somente na língua local. INTERNACIONALIZAÇÃO Ficou claro em Xangai que a estratégia das marcas que pretendem internacionalizar suas operações está ancorada em dois pilares: custo competitivo e lucratividade maior do que têm na China. Não faz sentido para eles produzirem em qualquer outro lugar com impostos e custos de mão-de-obra e componentes maiores do que encontram em seu próprio país. Com ociosidade nas fábricas de cerca de 40%, considerando as quase 50 milhões de unidades de capacidade anual insta-

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