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16 FROM THE TOP » IGOR CALVET, ANFAVEA Maio 2025 | AutoData mos a regulamentação que já foi feita, porque em 2024 isto permitiu o anúncio de investimentos da indústria, de R$ 130 bilhões dos fabricantes de veículos e que chegam a R$ 180 bilhões se somar os fornecedores de autopeças. Isto aconteceu porque o Mover trouxe previsibilidade. Agora veio o decreto com os requisitos obrigatórios. Óbvio que as regulamentações que vêm depois são fundamentais para traçar especificamente essas metas, mas já estamos no nível dos engenheiros. No nível decisório dos grandes executivos, não só os nacionais como os globais, com a sanção [da lei e do decreto] eles já deram resposta, aprovaram investimentos. A demora na publicação de regulamentações pode trazer alguma instabilidade, mas agora as portarias precisam ser publicadas, são uma decorrência do decreto de um mês atrás. Há mais de um ano a Anfavea solicita ao governo a retomada do imposto de importação no patamar de 35% sobre os carros híbridos e elétricos. A alíquota está prevista para voltar a este patamar só no meio de 2026. Por que é necessário elevar a tarifa sobre os veículos que a indústria nacional não produz aqui? Este pleito continua valendo. No ano ado, às vésperas do aumento da alíquota para 18% sobre elétricos, observamos um pico de importações. Nós chegamos ao fim do ano com um estoque de veículos elétricos e híbridos no País da ordem de 80 mil unidades. A média dos emplacamentos de veículos elétricos no Brasil está em 5 mil por mês, se anualizar dá 60 mil emplacamentos, então tínhamos estoque de elétricos “ A sanção do Mover, em 2024, permitiu o anúncio de investimentos da indústria, de R$ 130 bilhões dos fabricantes de veículos e que chegam a R$ 180 bilhões se somar os fornecedores de autopeças. Isto aconteceu porque o Mover trouxe previsibilidade ao setor.” para mais de um ano de vendas. Este excesso de estoque desregula o mercado, porque o consumidor não compra. E aí temos outro efeito muito ruim: para desovar este estoque começa a política de preços predatórios, que desorganiza o mercado, com bonificações altas que desvalorizam os veículos e prejudicam os consumidores. Isto provoca danos à competição e causa perdas de todos os lados. Por causa desta situação o nosso pleito continua e a briga pela localização da produção continuará. Não se pode conceder benefícios que não sejam equânimes à indústria que produz aqui. Mesmo que este tipo de veículo ainda não seja produzido no País as empresas anunciaram investimentos no Brasil e grande parte deles são justamente nessas tecnologias [de eletrificação]. Se não houver um balanceamento [nas importações] estes investimentos anunciados podem nem chegar porque nosso mercado já terá sido predado.
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